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26/Out/2022

Açúcar: fatores macroeconômicos orientam mercado

Segundo a Organização Internacional do Açúcar (OIA), o mercado sucroenergético global seguirá mais orientado por fatores macroeconômicos, como políticas cambiais e fiscais, do que por fundamentos no último trimestre de 2022. A direção do mercado é mais macroeconômica e menos guiada por fundamentos no curto prazo. No entanto, o mercado global de energia segue no radar de investidores. Foi destacado que o aumento dos preços de fertilizantes e de combustíveis elevaram os custos de produção de cana-de-açúcar. As mudanças na paridade do etanol no Brasil também alteraram a dinâmica do mercado. As previsões para a temporada 2022/2023 continuam complexas e repletas de incertezas. Além dos fundamentos, fatores exógenos terão impactos.

Para este último trimestre do ano, ressalta-se o início da colheita no Hemisfério Norte, os atrasos nos anúncios de exportação pela Índia e as previsões de demanda pela Europa podem trazer surpresas. A temporada 2022/2023 pode ter volatilidade de preços com fundamentos altistas e baixistas agindo sobre o mercado. Apesar das incertezas, a perspectiva de superávit é de 5,57 milhões de toneladas na temporada 2022/2023. O aumento será sustentado pelo avanço da produção global na temporada 2022/2023. A oferta deve passar para 181,9 milhões de toneladas, ante 174,1 milhões de toneladas em 2021/2022. A disponibilidade crescente de açúcar é sustentada pelas Américas, com destaque para o Brasil.

O aumento da produção da Tailândia também é um ponto de atenção, embora o mercado seja ainda mais conservador do que a OIA na recuperação do país. Enquanto analistas estimam produção em linha com as 10 milhões de toneladas de 2021/2022, a OIA espera produção da Tailândia de 12,33 milhões de toneladas em 2022/2023. O fluxo de exportações de açúcar também é um ponto de atenção. Brasil, Tailândia e Índia estão no “Top 3” dos produtores mundiais. O Brasil continuará, de longe, como o maior exportador global, com expectativa de embarcar 25 milhões de toneladas em 2022/2023. A Tailândia deve expandir as exportações para 9,4 milhões de toneladas e a Índia deve se manter como um grande exportador, com 8 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.