26/Out/2022

Segundo a Datagro, a produção de cana-de-açúcar na temporada brasileira 2022/2023, que se encerra em 31 de março de 2023, deve ficar em 542 milhões de toneladas O volume é 3,6% superior ao resultado da temporada 2021/2022, de 523 milhões de toneladas. A safra foi interessante, com momentos de altos e baixos. Quanto à produção de açúcar, o Centro-Sul do Brasil tende a encerrar a temporada 2022/2023 com produção de 33,25 milhões de toneladas (+3,7% ante 2021/2202). Do total, o Centro-Sul deve exportar 25,78 milhões de toneladas em 2022/2023, representando 91% do volume total embarcado pelo Brasil ao exterior. Até o dia 20 de outubro, 16,6 dias haviam sido perdidos pelos produtores por causa das chuvas, que suspenderam os trabalhos de colheita e moagem.

O período de hiato foi bem maior do que o registrado nas safras anteriores, de 10,4 dias no ano passado e 7,1 dias em 2020. Agora, os produtores caminham para o dilema de até quando pode esticar a moagem para não deixar a cana-de-açúcar em pé em oposição ao risco de pisoteio. Com os dias perdidos, o esmagamento de cana-de-açúcar atingiu 25,29 milhões de toneladas na segunda quinzena de setembro, 29,7% menor do que no ano anterior. As usinas ainda devem encontrar dificuldade para acelerar a moagem na primeira metade de outubro com as chuvas persistentes e, para compensar as perdas, a moagem pode ser estendida até o primeiro trimestre de 2023, diferentemente do que ocorreu em anos anteriores. Em relação ao etanol, a produção do Centro-Sul do Brasil deve alcançar, em 2022/2023, 29,27 bilhões de litros (alta de 6,2% ante o volume de 27,55 bilhões de litros de 2021/2022).

O volume de exportação do biocombustível do Centro-Sul deve alcançar 2,12 bilhões de litros na temporada. A produção de etanol a partir de milho da região deve passar de 3,47 bilhões de litros em 2021/2022 para 4,60 bilhões de litros em 2022/2023, avanço de 32,7%. O mix açucareiro da temporada 2022/2023 deve encerrar em 45,3%, alta de 0,6% em relação a 2021/2022. A mistura, no entanto, é a previsão mais incerta. Ainda há incertezas sobre o que vai ser o futuro da tributação de combustíveis no País e as incertezas indicam pontos de atenção sobre o que se pode esperar para o mix do ano que vem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.