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24/Out/2022

Etanol Hidratado: consumo deverá recuar em 2022

A consultoria Stonex prevê que o consumo de etanol hidratado aumente 31,1% no último trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, para 4,3 milhões de m³. Caso a estimativa se confirme, o consumo total de hidratado no ano ficaria em 15,13 milhões de m³, retração de 0,7% em relação ao volume consumido em 2021. Com isso, o share de hidratado no consumo de Ciclo Otto apresentaria uma queda de 1,3%, fechando em 26,4%. O ano tem sido marcado por uma volatilidade atípica, influenciada pela guerra entre Rússia e Ucrânia e o movimento crescente da inflação na maioria dos países do mundo. Apesar disso, a economia brasileira tem demonstrado resiliência no consumo de Ciclo Otto desde o início de 2022, com um crescimento econômico que superou as expectativas nos dois primeiros trimestres do ano.

Um revés pontual e expressivo, no entanto, ocorreu no início do segundo semestre do ano com a desoneração fiscal aplicada pelo governo no setor, que diminuiu a carga tributária de combustíveis fósseis e beneficiou a gasolina. Dentro desse cenário, a competição entre os combustíveis do Ciclo Otto deve ter sido mais acirrada, com a gasolina ganhando competitividade, mas o etanol buscando equilibrar o mercado uma vez que as usinas se mantiveram estocadas com o crescimento da safra canavieira no Centro-Sul. O cenário foi alterado no final de setembro, quando as chuvas acima da média diminuíram fortemente a moagem no Centro-Sul e trouxe poder de barganha para as usinas conseguirem vender o biocombustível a níveis maiores.

O consumo de etanol hidratado no terceiro trimestre de 2022 deve ter somado cerca de 4,0 milhões de m³, 9,8% acima do mesmo período em 2021. O mercado estima que a cana-de-açúcar continuará sendo processada até o início de dezembro, período em que o setor sucroenergético inicia a entre safra e a disponibilidade do biocombustível volta a ficar limitada. Essa tendência altista para os preços do etanol ocorre dentro da sazonalidade da safra canavieira no Centro-Sul, pois com a colheita dos canaviais caminhando para o seu fim, a oferta do biocombustível começa a ser cada vez menor. Contudo, o setor dependerá de decisões quanto à cobrança dos impostos que recaem sobre os combustíveis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.