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24/Out/2022

Etanol: preços da gasolina voltando a subir no País

O aumento no preço da gasolina voltou a ser realidade nesta semana em todo o País, após 15 semanas seguidas de queda. Conforme dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o valor da gasolina comum superou R$ 5,00 por litro em seis capitais. Em Salvador (BA), o preço médio da gasolina comum chegou a R$ 5,56 por litro, enquanto em Natal (RN) passou para R$ 5,44 por litro. Os valores também estão mais altos no Distrito Federal, em Rio Branco (AC), em Manaus (AM) e em Palmas (TO). Em Brasília, onde a gasolina chegou a ser encontrado por cerca de R$ 4,80 por litro, agora está custa cerca de R$ 5,09 por litro. Os aumentos ocorrem mesmo sem haver reajustes da Petrobras nas refinarias. O governo tem atuado politicamente sobre a diretoria da estatal para que não aumente preços até a votação de 30 de outubro. A queda no preço dos combustíveis é uma das principais bandeiras que a campanha do presidente Jair Bolsonaro tem utilizado para sinalizar à população que o governo tomou medidas para reduzir o valor do insumo.

A zeragem de impostos federais contribuiu para a queda de preços, além da redução dos impostos estaduais, mas também contribuiu para o cenário o fato de o preço do barril do petróleo ter caído nos últimos meses. Nas últimas semanas, o preço do petróleo voltou a subir, e a Petrobras, embora tenha como regra seguir as oscilações dos preços internacionais, tem evitado o reajuste nas refinarias. Ainda assim, o valor na bomba vem aumentando. Em média, o preço de revenda da gasolina comum apresenta alta de 1,46% nos últimos sete dias, chegando a R$ 4,86 por litro. Em relação ao preço médio dos últimos 12 meses, acumula queda de 23,10%. A defasagem dos preços internos da gasolina e do diesel em relação à média mundial já dura 10 dias, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Os dados do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) mostram que, até o dia 19 de outubro, o preço da gasolina praticado pela Petrobras acumulava uma defasagem de 8,82% em relação ao preço internacional.

No caso do diesel, a Petrobras tem mantido o valor do litro 11,19% mais barato do que o valor da média mundial. Essa situação só se inverte quando se trata do gás de cozinha, o GLP, que hoje está 40,10% mais caro do que o gás consumido fora do Brasil. A Petrobras, como empresa de economia mista, tem hoje como regra seguir as oscilações dos preços internacionais, ou seja, acompanhar o câmbio e as variações do mercado mundial de petróleo, repassando esses preços ao mercado nacional. Bolsonaro tem reiterado que baixou os preços do combustível sem dar uma "canetada" no setor, ou seja, sem ter feito intervenção política nos custos praticados pela Petrobras. O fato, porém, é que a empresa tem segurado os reajustes, pois preços seriam ainda mais altos do que os atuais. A Petrobras tem mantido o discurso de que segue monitorando continuamente o mercado e os movimentos nas cotações de mercado do petróleo e dos derivados, que atualmente experimentam alta volatilidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.