04/Out/2022

Em São Paulo, o ritmo das negociações envolvendo o açúcar cristal no mercado spot seguiu baixo no encerramento de setembro. A liquidez, que vinha caindo desde a segunda quinzena do mês passado, só teve uma melhora no dia 30 de setembro, quando negociações pontuais foram realizadas e envolvendo maiores quantidades. As chuvas recentes diminuíram a oferta do cristal à pronta-entrega, já que a produção nas usinas foi interrompida pela dificuldade do carregamento da cana-de-açúcar nas lavouras. Mesmo que a demanda não tenha apresentado sinais de aquecimento, os preços do cristal seguem estáveis, variando entre R$ 124,00 e R$ 125,00 por saca de 50 Kg.

O dólar valorizado também dá suporte aos preços domésticos, uma vez que estimula as exportações de açúcar. A média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, é de R$ 124,73 por saca de 50 Kg, alta de 0,11% nos últimos sete dias (de R$ 124,60 por saca de 50 Kg). No contexto externo, observa-se estabilidade. Na Bolsa de Nova York, tanto o contrato Outubro/2022, que expirou no dia 30 de setembro, como o Março/2023 registram tímidas oscilações. As cotações têm suporte da oferta limitada no curto prazo. Em contrapartida, o aumento da produção de açúcar no Centro-Sul brasileiro, em detrimento do de etanol, pressiona os valores externos do açúcar.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) indicou que, na primeira quinzena de setembro/2022, a Região Centro-Sul produziu 2,86 milhões de toneladas de açúcar, alta de 12,16% em relação à do mesmo período da temporada passada. Nos últimos sete dias, a cotação do açúcar demerara (contrato Outubro/2022) registra avanço de 0,77% na Bolsa de Nova York, a 18,42 centavos de dólar por libra-peso. Em São Paulo, no atacado, o Indicador de Cristal Empacotado está cotado a R$ 14,91 por saca de 5 Kg, queda de 0,88% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,35 por saca de 1 Kg, estável no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.