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30/Set/2022

Etanol 2G: demanda externa está bastante aquecida

Segundo a Raízen, a demanda por etanol de segunda geração (E2G) em países desenvolvidos, como os do continente europeu, está cada vez mais acelerada e já supera o volume produzido pela empresa. A Raízen tem quatro plantas E2G em operação e em construção e pretende alcançar 20 plantas até 2030. Há demanda para mais de 45 plantas, mas o grande gargalo hoje é construção. Segundo a Raízen, a cana-de-açúcar é melhor do que um painel solar para captar energia e converter em biomassa, mas o setor nunca fez um bom uso da tecnologia.

O E2G gera combustível a partir do bagaço de cana-de-açúcar fruto do etanol de primeira geração e, nesse processo, consegue aumentar a fabricação do biocombustível em 50%, sem ampliar a produção. A Raízen exporta 85% do que produz de etanol e só não amplia esse volume porque uma parcela da produção deve, obrigatoriamente, ser destinada ao mercado interno. A União Europeia (UE) tem sido um dos principais mercados de atuação da empresa. Em 2021, a empresa fazia R$ 3 milhões em venda via certificado Bonsucro (que garante o padrão de produção para a Europa), agora a venda foi multiplicada em mais de 30 vezes. Apesar do interesse da União Europeia no etanol brasileiro, o bloco passa por um movimento de adoção dos carros elétricos.

Esse movimento é “inteligente” para a Europa, dado, do ponto de vista de diversificação energética, não

há outra opção. No Brasil, hoje, as emissões de gases de efeito estufa de carros movidos a etanol são menores do que carro elétrico. O País vai passar pela transição energética de maneira mais lenta e esse

processo pode favorecer a vantagem dos biocombustíveis em relação ao elétrico. Mas, para isso, o setor sucroenergético brasileiro terá de se “vender melhor”. O Brasil contribui muito mais do que a Tesla para redução de emissões de poluentes na atmosfera. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.