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30/Set/2022

Hidrogênio Verde: parceria entre Prumo e Neoenergia

A Neoenergia e a Prumo fecharam, na quarta-feira (28/09), um acordo para desenvolver um projeto de hidrogênio verde no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, aliado à instalação de um parque eólico offshore de 3 gigawatts (GW). De acordo com a Prumo, a aliança com a Neoenergia segue outra, feita com a francesa EDF-Re, também para produção de hidrogênio verde por meio de energia eólica offshore. Há um projeto bastante ambicioso dentro da Prumo, de fazer do Porto do Açu um lugar onde toda a transição energética, ou revolução energética vai acontecer. Será possível instalar toda a cadeia de valor no local, desde equipamentos até a produção de itens para exportação.

Além de ventos offshore competitivos, o Porto do Açu já tem toda a infraestrutura para suportar a produção de petróleo, o que vai ajudar a instalação do parque eólico. A expectativa é de que o primeiro megawatt-hora (MWh) eólico offshore seja gerado no empreendimento até 2030. De acordo com a Neoenergia, a partir de agora serão estabelecidos marcos entre as duas empresas e os estudos ambientais deverão ser os primeiros a serem desenvolvidos. Essa é uma grande preocupação e a Prumo é uma referência. O compartilhamento de dados vai ser muito importante, além da parte logística.

A escolha do Porto do Açu se deve às perspectivas de instalações industriais na região, que cria uma demanda para a energia elétrica gerada em alto mar, além da possibilidade de exportação do hidrogênio verde que venha a ser produzido pelas duas companhias. É uma vantagem muito competitiva, porque não é preciso grandes linhas de transmissão, por exemplo. O projeto do parque de 3 GW em energia eólica offshore ainda está sendo avaliado pelo Ibama, que já informou aos agentes interessados em explorar a nova tecnologia no Brasil que a licença ambiental prévia somente será dada após o marco legal do segmento ficar claro e consolidado.

Hoje, há um decreto em que estão sendo detalhadas as normas complementares, e tem um projeto de lei do Senado que vai dar mais robustez, mais segurança. É importante construir um marco que tenha realmente segurança jurídica e previsibilidade para atrair os investidores. O marco regulatório do segmento ainda precisa ser aperfeiçoado e deve valorizar atributos ambientais, sociais, geração de empregos, qualidade da empresa, para que somente o preço do leilão da área não seja o fator decisivo. Todas essas alavancas vão contribuir para que a eólica offshore seja um sucesso como foi a onshore, e numa escala muito maior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.