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21/Set/2022

Cana: mix se manterá acirrado na safra 2023/2024

Segundo a StoneX, a competitividade entre açúcar e etanol no Brasil deve se manter acirrada no ano-safra 2023/2024, o que tende a conservar o mix açucareiro em um patamar próximo ao que o País registrava na temporada 2021/2022. Os efeitos da redução da alíquota de ICMS devem se manter em 2023/2024. O mix do ano-safra 2023/2024 será de 45% para açúcar, ante 44,8% no ciclo atual (2022/2023) e 45% em 2021/2022. Apesar do recuo do mix alcooleiro, a produção de etanol deve avançar em volume em 2023/2024. A estimativa é de que o Brasil produza 32 milhões de metros cúbicos do biocombustível, alta de 7,4% em relação à previsão de 29,8 milhões de metros cúbicos em 2022/2023.

A produção de açúcar deve ficar em 35,2 milhões de toneladas em 2023/2024 (alta de 5,7% ante 33,3 milhões de toneladas em 2022/2023). Para a atual temporada, o volume de chuvas traz otimismo para o setor. O Brasil ainda está sob o efeito do La Niña, mas ele vem perdendo força e a normalidade climática deve retornar a partir de dezembro. Nesse cenário, apesar da redução de área prevista em 0,3% (de 7,72 milhões de hectares em 2021/2022 para 7,69 milhões de hectares em 2022/2023), a produtividade deve avançar, o que favorece a produção de cana-de-açúcar de 557,5 milhões de toneladas em 2022/2023 e de 583,2 milhões de toneladas em 2023/2024 (ante 523,1 milhões de toneladas em 2021/2022).

A qualidade da matéria-prima colhida, mensurada em quilos de Açúcar Total Recuperável (ATR), deve avançar no próximo ciclo, passando de 139,9 Kg por tonelada previsto para 2022/2023 (baixa de 2,1% ante 2021/2022) para 140,6 Kg por tonelada em 2023/2024. O balanço do ano-safra global 2022/2023 (que inicia em outubro) está estimado em 3,8 milhões de toneladas de superávit, favorecendo a alta dos estoques. O volume leva em consideração o avanço da produção da América do Sul com as questões climáticas favoráveis, a perda de produtividade da Europa com os efeitos da guerra e da seca, a manutenção dos volumes da África e da Oceania e a Ásia se reforçando como uma surpresa positiva, como foi em 2021/2022 com as produções recordes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.