21/Set/2022

Segundo o Ministério da Agricultura, a decisão do governo de zerar as alíquotas federais e reduzir os impostos estaduais que recaem sobre os combustíveis fósseis deve dificultar o estímulo ao uso do etanol no País, efeito que deve ser sentido ainda no próximo ano. O setor ainda não conseguiu "vender para a sociedade" os benefícios ecológicos e ambientais do etanol e, com a recente desvalorização do biocombustível diante da redução de impostos sobre os equivalentes fósseis, isso vai se agravar. Ressalta-se que 40% do etanol da safra brasileira 2021/2022 foi produzido em unidades que não fabricavam açúcar, apenas o biocombustível.

Nesse cenário, com uma redução do diferencial competitivo do etanol, essas unidades produtoras são prejudicadas diretamente e não conseguem migrar para um mix açucareiro. Quando os preços caem, via ICMS, isso é bom para a sociedade, mas afeta o preço do etanol. Conscientizar a população dos benefícios e das externalidades do etanol ainda é um desafio do setor. O setor sucroenergético ainda precisa demonstrar para a população os benefícios do segmento em termos de emissão de gases poluentes para que essas variações de preços sejam neutralizadas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.