22/Ago/2022

Na avaliação do Itaú BBA, o mês de setembro reserva grandes mudanças do lado dos fundamentos para os futuros de açúcar demerara na Bolsa de Nova York. Segundo o relatório Agro Mensal, como o mês é o último da temporada global 2021/2022, o mercado começará a focar no desenvolvimento da safra do Hemisfério Norte. Nos principais países produtores de açúcar, com exceção da Índia, são esperados aumentos de produção comparativamente com a temporada 2021/2022.

Para a safra global 2022/2023, a estimativa é de superávit de 2,1 milhões de toneladas. A disponibilidade de cana-de-açúcar e os preços do etanol hidratado também podem continuar abrindo espaço para eventuais quedas dos preços de açúcar na Bolsa de Nova York no próximo mês. Nesse cenário, ainda será necessário acompanhar o desenvolvimento da safra no Centro-Sul do Brasil. Outra questão a ser observada é a paridade do etanol no País ante os equivalentes fósseis.

Embora as mudanças tributárias dos combustíveis no Brasil já tenham chegado ao consumidor, os recentes recuos dos preços do petróleo e os reajustes de preços da Petrobras ainda influenciarão as cotações do biocombustível. Outro ponto importante é a posição líquida dos fundos especulativos, que passou de comprada para vendida em 66 mil lotes, o que pode impulsionar os preços do açúcar na Bolsa de Nova York caso saiam da posição. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.