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26/Jul/2022

RenovaBio: mercado reage mal a falas de ministro

O ministro da Agricultura, Marcos Montes, afirmou que o Renovabio (política nacional de biocombustíveis) precisa ser reestruturado em algumas posições. Ele não detalhou quais são as posições em o programa precisaria ser reestruturado. Montes disse que o decreto de adiamento da comprovação das metas de compra de Créditos de Descarbonização (CBios) pelas distribuidoras, regulamentado pelo governo na semana passada, vem nessa busca por uma nova regulamentação para o Renovabio. Para o ministro, a readequação do programa seria propícia neste momento. Questionado se considera o adiamento das metas um retrocesso no programa, como vem sendo apontado pela indústria de biocombustível, ele negou.

Montes voltou a destacar a importância do Renovabio, citando que acompanhou a implementação do programa como parlamentar em 2007. O ministro relatou ainda que esteve em reunião com o setor nesta segunda-feira (25/07) e que se comprometeram em mostrar a importância do Renovabio ao Ministério de Minas e Energia e ao Ministério da Economia. Mas, a declaração do ministro de que a readequação do Renovabio é propícia neste momento não foi bem recebida por representantes do setor sucroenergético. É de se esperar essa postura por parte do ministério da Economia, de Energia e, do governo em geral, mas o ministro da Agricultura sabe da importância do programa e dos impactos dessas mudanças. A percepção de insatisfação no setor é clara. Executivos se mostravam surpresos com a defesa, pelo ministro, do adiamento do prazo de comprovação das metas de compra de Créditos de Descarbonização (CBios) pelas distribuidoras, de 2022 para setembro de 2023.

As metas estão vinculadas ao Renovabio. Há uma discrepância entre o discurso do governo de que o Renovabio é uma das principais políticas de descarbonização do País e o afrouxamento do cumprimento das metas pelas distribuidoras. O discurso não confere com a flexibilização. O ministro se reuniu com representantes do setor sucroalcooleiro e ouviu deles as preocupações com a medida, considerada como retrocesso para o Renovabio. A indústria não estava preparada para essas mudanças de última hora, sem previsibilidade, que trazem impactos à produção e não atacam o problema do aumento dos combustíveis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.