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28/Jun/2022

Açúcar: Índia pode exportar 8 milhões t em 2022/23

A Associação Indiana das Usinas de Açúcar (Isma) solicitou ao governo da Índia permissão para exportar 8 milhões de toneladas de açúcar na próxima temporada (2022/2023), que se inicia em outubro próximo. O volume faz referência a um cálculo que considera até mesmo a quantidade do açúcar a ser destinada para o etanol, uma vez que o país asiático busca expandir sua indústria do biocombustível. O governo indiano impôs, em maio, restrições às exportações de açúcar do país para garantir a disponibilidade de adoçante no mercado interno. O teto de exportações na atual temporada 2021/2022 está em 10 milhões de toneladas.

Segundo a Isma, a definição de, ao menos, 8 milhões de toneladas para o próximo período de negociações ajudaria as usinas a assinar contratos de exportação previamente, antes do início da temporada. O número proposto para a temporada 2022/2023 faz parte de um cálculo da associação. Foi assumido que a produção será de 40 milhões de toneladas no próximo ano. Então, se o consumo foi de 27,5 milhões de toneladas e forem desviados 4,5 milhões de toneladas para a produção etanol, sobram as 8 milhões de toneladas que solicitamos. O presidente da Isma afirmou, ainda, que os preços atuais estão elevados para o açúcar, o que permitiria ampliar as negociações com o mercado externo.

A Índia adota uma política governamental de subsídio aos fornecedores de cana-de-açúcar e de incentivos diretos para a indústria local exportar a commodity. A política já foi condenada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), em um processo aberto por Brasil, Austrália e Guatemala, sob a alegação de que viola o Acordo sobre Agricultura, deprime os preços internacionais da commodity e gera prejuízos aos agricultores locais. O incentivo à produção de etanol à base de cana-de-açúcar é uma alternativa para o país controlar a oferta global do açúcar e estabilizar os preços sem a aplicação do subsídio. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.