22/Jun/2022

De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (MME), os Créditos de Descarbonização por Biocombustíveis (CBios) já alcançaram 23,8 milhões de títulos emitidos este ano no Brasil até 17 de junho ante 34,8 milhões de títulos emitidos ao longo de todo o ano passado. No mesmo período, 20,8 milhões de CBios foram negociados em comparação com 29,8 milhões do acumulado de 2021. Considerando três anos de efetivo funcionamento do RenovaBio, o programa tem evoluído tanto em CBios emitidos e negociados, quanto no volume financeiro, o que representa avanço significativo de redução de emissões de carbono. Em valor financeiro, os CBios movimentaram R$ 2,09 bilhões até 17 de junho ante R$ 1,17 bilhão gerado em 2021.

O preço médio dos CBios é R$ 100,50 por título no acumulado deste ano em comparação com R$ 39,31 de 2021. Destaca-se também a evolução das aposentadorias de CBios pelas distribuidoras. No acumulado deste ano, 9,98% dos CBios foram aposentados, com meta de alcançar 10,27% ao fim do ano. O Ministério de Minas e Energia ressaltou o elevado número de usinas certificadas para emissão de CBios. Em etanol, de um total de 357 usinas, 276 unidades são certificadas. Outras 32 usinas de biodiesel também são certificadas de um total de 55 presentes no País, enquanto 3 de um total de 4 usinas de biometano têm a certificação.

Os CBios, assim como o RenovaBio, contribuem para o alcance das metas do Pacto Energético Brasileiro sobre Biocombustível, que prevê redução de 10% da intensidade de carbono na matriz de transporte brasileira até 2030 e redução de 620 milhões de toneladas de carbono na atmosfera em 10 anos. Estas metas são firmadas pelo País junto à Organização das Nações Unidas (ONU). Do lado do ambiente regulatório dos CBios, o MME está trabalhando na minuta da portaria nº 419/2019 após a consulta pública realizada neste ano em busca de ajustes na Política Nacional de Biocombustíveis. O objetivo da portaria é evitar movimentações bruscas nos preços dos CBios que têm acontecido. Estão sendo incorporadas sugestões da consulta pública. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.