20/Jun/2022

A Índia atualizou a previsão de produção de açúcar para a atual temporada 2021/2022. Segundo a Associação Indiana das Usinas de Açúcar (Isma), a safra terá um volume de 36 milhões de toneladas. O banco alemão Commerzbank afirmou que a revisão poderia desafiar o papel, antes incontestável, do Brasil como o maior produtor de açúcar do mundo. Na avaliação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) não há motivo para se preocupar com essas comparações. A Índia apresenta grande volatilidade de oferta, produção e exportação de açúcar, o que sugere que essa liderança seja pontual.

O Brasil vai recuperar a produtividade quando voltar a crescer a oferta de cana-de-açúcar e vai continuar participando, como sempre participou, em torno de 45% do mercado mundial de açúcar. As situações de mercado entre os dois países são completamente diferentes: enquanto o Brasil exporta dois terços da sua produção interna, a Índia exporta de 5% a 20% de sua produção. O único país do mundo que tem condições de suprir a oferta mundial de açúcar e participar desse mercado é o Brasil, que será sempre líder.

Entre as reais preocupações do Brasil no que se refere ao mercado de açúcar indiano, está o regime de subsídios que o país asiático oferta aos produtores locais como forma de estimular as exportações. Com a ação da Organização Mundial do Comércio (OMC), pode haver uma mudança muito grande e acabar com a exportação subsidiada, uma referência à decisão do órgão que considera os subsídios à exportação de açúcar da Índia uma violação do Acordo sobre Agricultura. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.