ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

09/Jun/2022

Etanol: consumidor tem optado por scooters e GNV

Com os sucessivos reajustes nos preços dos combustíveis levando mais pessoas a buscar opções econômicas de mobilidade, as vendas de motos e de gás natural veicular voltaram rápido ao padrão de antes da pandemia. Enquanto a indústria de carros segue distante dos volumes pré-Covid, o balanço de janeiro a maio mostra o mercado de motocicletas crescendo já quase 15% em relação ao volume de três anos atrás.

A reação forte é, em boa parte, explicada pela expansão dos serviços de entrega (delivery), mas também se deve ao fato de a moto ser um veículo não só mais barato, como também mais econômico do que os carros, isto é, roda mais quilômetros com um litro de combustível. Menos sufocada pelos gargalos de produção que apertam a oferta de carros, sobretudo a falta de componentes eletrônicos, a indústria de motocicletas consegue, assim, capturar melhor o público que saiu do isolamento buscando transporte individual.

Desde o ano passado, mais de 1,8 milhão de brasileiros tiraram licença para dirigir motos, sendo que quase todos (94%) possuem também habilitação para conduzir carros, o que permite a eles dirigir qualquer um dos dois. Segundo a Abraciclo (associação que representa as fábricas de motos), a proliferação nas cidades das scooters, cuja pilotagem é mais fácil a quem não está acostumado a dirigir veículos de duas rodas, é o sinal mais claro de que os motoristas estão trocando carros pelas motocicletas. A cada três motos vendidas no Brasil, uma é scooter.

Em março, numa situação rara, as vendas de motos chegaram a superar as de carros de passeio. Foi uma situação pontual, mas pode acontecer mais vezes se a renda dos brasileiros continuar sendo corroída e o custo de vida seguir nas alturas. Nos postos de combustíveis, aumentou o número de clientes que trocaram a gasolina pelo gás natural veicular, o GNV. Desde o ano passado, conforme número do Ministério da Infraestrutura, mais de 235 mil carros foram convertidos para abastecimento com GNV por proprietários que não quiseram pagar mais o preço da gasolina ou do etanol.

O resultado é que, enquanto o consumo de combustíveis líquidos, na soma de gasolina e etanol, segue 7% abaixo do que era antes da pandemia, as vendas de GNV registram volumes superiores. De acordo com balanço da Abegás (representante das distribuidoras de gás canalizado), o consumo de GNV no primeiro bimestre deste ano já estava entre 2% e 5% acima da média diária marcada dois meses antes do início das quarentenas contra a chegada da pandemia no País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.