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06/Jun/2022

Açúcar: impacto da queda do ICMS de combustíveis

Segundo a S&P Global Commodity Insights, se for aprovado o projeto de limitar em 17% o ICMS de combustíveis, que já passou pela Câmara dos Deputados e agora segue para o Senado, os preços do etanol podem cair e, consequentemente, pressionar o açúcar. A desvalorização do biocombustível faria com que o açúcar pudesse ser mais atrativo para usinas mesmo com preços mais baixos, o que tende a causar migração de mix do etanol para o açúcar. Simulando a redução de impostos em São Paulo, os preços da gasolina na bomba podem cair até R$ 0,48 por litro.

Se o etanol hidratado mantivesse a atual paridade de bombeamento com a gasolina, os preços do hidratado na usina poderiam ser reduzidos em até R$ 0,34 por litro, representando uma redução de 1,50 centavos de dólar por libra-peso em termos de açúcar equivalente, mantendo todo o resto inalterado. Uma eventual queda da gasolina não teria a mesma intensidade em todos os Estados, mas na maior parte deles o incentivo fiscal do biocombustível seria eliminado.

O açúcar equivalente é o cálculo de qual deveria ser o preço do açúcar na Bolsa de Nova York para que a produção do açúcar fosse tão lucrativa quanto a do etanol para as usinas. Esse indicador poderia cair de 19,70 centavos de dólar por libra-peso para 18,20 centavos de dólar por libra-peso, se toda a redução do ICMS for repassada para a bomba. Teoricamente, isso deve reduzir o piso do açúcar, assumindo que a função do mercado é que os preços do açúcar sejam negociados próximos ou um pouco abaixo da paridade do etanol em um cenário de superávit na corrente de comércio global de açúcar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.