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25/Mai/2022

Cana: geada torna açúcar competitivo ante etanol

Segundo a HedgePoint Global Markets, caso ocorram geadas no Centro-Sul do Brasil durante o inverno e a safra de cana-de-açúcar seja prejudicada, o mix de produção do País tenderia a migrar mais para o açúcar do que para o etanol, apesar de ambos provavelmente continuarem com preços firmes. A companhia fez uma simulação em que a moagem da região na safra 2022/2023 cairia de 551 milhões de toneladas para 520 milhões de toneladas, uma redução conservadora.

Caso o mix de açúcar e a produtividade continuassem inalterados e a demanda por combustíveis crescesse 5%, como projetado, haveria falta de etanol hidratado. Nesse cenário, o mais provável seria que a demanda por combustíveis não alcançasse crescimento de 5% e que o biocombustível perdesse participação no Ciclo Otto, já que os preços mais altos reduziriam a procura.

Para que os estoques de hidratado alcançassem níveis mínimos no cenário de moagem de 520 milhões de toneladas, o mix de açúcar precisaria cair para 39,8%. Essa mudança é menos provável, pois pressionaria demais o balanço global do açúcar e seus fluxos comerciais, reduzindo a disponibilidade total em 3 milhões de toneladas, de 30,5 milhões de toneladas para aproximadamente 27,5 milhões de toneladas.

Os atuais 30,5 milhões de toneladas já seriam um volume baixo em razão do déficit de 2,6 milhões de toneladas esperado para a safra global 2021/2022 (outubro-setembro). Esse estresse adicional, portanto, daria mais suporte ao açúcar e garantiria que mais ATR fosse desviado para ele. Porém, a visão de mercado continua sendo altista e as projeções se mantêm enquanto não há novas previsões climáticas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.