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23/Mai/2022

Etanol: guerra abriu novos mercados de exportação

Segundo a BP Bunge Bioenergia, a restrição de oferta de combustíveis com a guerra entre Rússia e Ucrânia criou novos mercados para a exportação de etanol brasileiro. Sempre houve exportação, principalmente para a Califórnia (EUA). Agora, a Europa e a Ásia se apresentam também como destinos em razão da guerra. A Copersucar afirmou que o setor tem condições de ampliar a produção caso haja desejo de elevar a mistura de etanol à gasolina em razão dos altos preços do combustível fóssil. Se a mistura for a 30%, por exemplo, o setor tem capacidade de fornecer.

A indústria automobilística indica que mais de 30% não seria recomendável. Então o limite não é do setor sucroenergético, é da condição técnica de engenharia de motor. A Raízen acredita haver falta de conhecimento de boa parte dos consumidores, já que em São Paulo o preço do biocombustível hidratado nos últimos cinco anos ficou, em média, em 66% da cotação da gasolina e mesmo assim muitos consumidores optaram pelo combustível fóssil. A Raízen defende a criação de mecanismos para reduzir a volatilidade de preços de combustíveis.

Quando os preços subirem, poderia baixar o imposto para manter a arrecadação estável. Parece inteligente no longo prazo para dar alívio à população em momentos mais difíceis. E o inverso também é verdade, de aumentar o imposto quando o combustível estiver mais barato. O Brasil está bem posicionado como fornecedor de energia no momento. A Europa está em dificuldade energética, e o Brasil é uma grande potência para exportar energia verde. Esta é a hora de mostrar o País e seu potencial ao mercado internacional. Mas, o setor se “vende mal”, é preciso mostrar que o Brasil pode fornecer muito mais do que só açúcar e etanol. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.