19/Abr/2022

Em São Paulo, a oferta de etanóis hidratado e anidro é baixa. Além do número ainda pequeno de usinas em atividade da safra 2022/2023, as ocorrências de chuvas também limitam a entrada no campo para retirada da cana-de-açúcar e, consequentemente, o andamento da produção. Assim, em muitos casos, as entregas de produto por parte das usinas são realizadas de maneira cadenciada, fato normal para o começo de safra.

Do lado comprador, algumas distribuidoras entraram com apetite para fechar novos negócios, motivadas pelos feriados de abril. Mesmo com os reajustes nas bombas e com o etanol hidratado acima de R$ 5,00 por litro nos postos, as distribuidoras tiveram necessidades de novas compras. Mas, no final da semana passada, o ritmo de aquisição foi diminuindo, com agentes atentos às chuvas e às filas para retirada nas usinas. O Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado está cotado a R$ 3,8366 por litro, alta de 8,07% nos últimos sete dias, sendo a terceira alta consecutiva.

No caso do anidro, o aumento é de 2,68% no mesmo período, com o Indicador CEPEA/ESALQ cotado a R$ 4,0838 por litro, sendo que, neste caso, são oito semanas seguidas de alta. De 11 a 14 de abril, o spread entre os etanóis anidro e hidratado caiu para apenas 6,4%, contra 12% nos dois períodos anteriores. O cálculo é feito dividindo-se o preço do etanol anidro pelo do hidratado, após ajustes para diferenciais de ATR (Açúcar Total Recuperável) entre os produtos. Por último, subtrai-se da unidade.

Nas safras 2020/2021 e 2021/2022, as médias dos spreads foram de 14,2% e de 14,8%, nessa ordem. Diante das fortes valorizações dos etanóis, em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, nos últimos sete dias, o valor do anidro está apenas 2% maior que o do hidratado em São Paulo. O preço do açúcar está 7,9% superior ao do anidro e 10% maior que o do hidratado. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.