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11/Abr/2022

Açúcar: previsão de superávit global em 2022/2023

Segundo o Rabobank, a safra global 2022/2023 de açúcar, que vai de outubro deste ano a setembro de 2023, deve registrar superávit de 2,5 milhões de toneladas, causado principalmente por aumentos de produção na Ásia, no Brasil e na União Europeia. A expectativa é de alta de 2,2% na oferta global e aumento menor, de 0,8%, para o consumo na próxima temporada. A estimativa é de que haja uma queda de 50% no plantio da Ucrânia com base em boletins oficiais. Para o Centro-Sul do Brasil, a moagem deve alcançar 560 milhões de toneladas, com mix de 45% para o açúcar e produção de 33,6 milhões de toneladas. No momento, há mais incertezas do que de costume sobre a evolução da arbitragem açúcar/etanol nos próximos meses, dada a invasão da Ucrânia pela Rússia e as consequências para os preços do petróleo.

Também há dúvidas acerca da política de preços da Petrobras e de possíveis interferências na estatal. Enquanto a nova safra começa, as usinas seguram as fixações de preço de açúcar para manter a flexibilidade em meio à perspectiva incerta. Quanto à Índia, a expectativa é de produção de 35,7 milhões de toneladas, aumento frente à projeção anterior, com exportações podendo alcançar até 8,5 milhões de toneladas. Para a União Europeia, o banco prevê aumento entre 0,5% e 1% na área plantada de beterraba, e se o rendimento agrícola for positivo, a produção de açúcar pode subir 2,6%, a 17,7 milhões de toneladas.

O Departamento de Agricultura do Estados Unidos país (USDA) espera queda de 2% na fabricação do açúcar no país, a 8,3 milhões de toneladas. Os preços devem ter suporte mesmo com o superávit global esperado, com os futuros na Bolsa de Nova York oscilando entre 19,30 centavos de dólar por libra-peso e 20,10 centavos de dólar por libra-peso ao longo de 2022. O mercado parece ter lidado bem com a possibilidade de maiores exportações da Índia. Enquanto isso, com preços de energia que devem continuar firmes em razão da guerra Rússia/Ucrânia, o mix do Brasil pode mudar se os preços internacionais mais altos de combustíveis forem integralmente repassados às bombas locais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.