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25/Mar/2022

Cana: custo agroindustrial tem alta em 2021/2022

Segundo apuração do Pecege (Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, os custos agroindustriais da safra 2021/2022 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil tiveram alta na ordem de 41% frente à temporada anterior. A valorização do etanol no período foi suficiente para compensar o aumento, mas a do açúcar, não. Este cenário levou ao ganho de participação do combustível no mix médio das usinas do Centro-Sul.

Os principais motivos para o aumento dos custos foram: queda na produtividade agrícola em razão das condições climáticas desfavoráveis (com a menor moagem, o custo por tonelada aumenta); diesel encarecido em razão da alta do petróleo; insumos agrícolas, principalmente fertilizantes, mais caros; maior custo com mão de obra; e alta no custo com arrendamento e cana-de-açúcar de terceiros. Daqui para frente, a alta de preços de insumos agrícolas deve superar o aumento da moagem esperado em 2022/2023.

Em particular, na área agrícola, os fertilizantes a serem usados durante o ciclo 2022/2023 terão sido adquiridos em um momento de alta. De maneira semelhante, excetuando a ocorrência de alterações significativas no âmbito tributário ou de precificação do diesel, o preço desse combustível deve permanecer elevado em meio ao pico histórico de preços do petróleo no mercado global.

Por isso, as margens do setor devem registrar queda, e usinas deveriam aproveitar o caixa acumulado nas últimas duas safras para investir em diversificação e melhor rentabilidade. O boletim destaca também que a alta da taxa de juros e a inflação no Brasil podem reduzir a capacidade de financiamento do setor. O levantamento tem informações de 27 grupos econômicos que totalizam 56 usinas em oito Estados do Centro-Sul. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.