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23/Mar/2022

Etanol: arbitragem é desfavorável para importação

Mesmo com o tributo de importação de etanol zerado, a paridade continua desfavorável para a importação do biocombustível. A arbitragem de importação é de 8% a 10% maior do que o preço do mercado interno. Sazonalmente, os preços do álcool já tendem a cair nesta época do ano em razão da chegada da nova safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil. O preço internacional do biocombustível é determinado principalmente pelas cotações do milho e especialmente da gasolina nos Estados Unidos, o outro grande produtor global de etanol. No momento, ambas estão elevadas.

A arbitragem deve continuar negativa para importação nos próximos meses. O preço ao produtor vai cair, e também deve recuar ao consumidor, mas não porque a tarifa foi zerada e sim por causa da próxima safra. O recuo não pode ser grande demais, porém, para não haver risco de falta de oferta. Caindo muito o preço, o consumo aumenta e corre risco de desabastecimento. É preciso haver um equilíbrio de preços porque com o preço muito baixo no mercado interno, a importação também é inviabilizada.

Chama a atenção o tempo que uma eventual queda de preços do biocombustível na usina levará para chegar até a bomba. Quando o preço cai, a observação é que se leva um tempo considerável para transmitir ao consumidor. E quando sobe, a transmissão é quase imediata. No caso do açúcar, cuja tarifa de importação também foi zerada, o Brasil é o maior exportador mundial, e que tem o menor custo de produção. Ninguém vai começar a importar por ter zerado a tarifa de importação, assim como ninguém deixou de importar porque a tarifa era de 16%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.