10/Mar/2022

Segundo a Associação Indiana das Usinas de Açúcar (Isma), a produção de açúcar na Índia na safra global 2022/2023, que começa em outubro, não deve ser substancialmente menor do que a atual. Grande parte da cana-de-açúcar já foi plantada, existe água suficiente nos reservatórios e as chuvas em 2021 foram boas. A entidade estimou que o país deve produzir 33,3 milhões de toneladas de açúcar na atual safra, com exportações projetadas em 7,5 milhões de toneladas. Entretanto, para estimar os resultados da próxima temporada, é importante aguardar as próximas monções, entre junho e setembro, para ter uma ideia melhor da produção.

Também é preciso considerar quanto açúcar equivalente será usado para fabricar etanol. Este ano, o país pretende alcançar mistura de 10% do biocombustível na gasolina, o que exigiria cerca de 4,5 bilhões de litros, e a oferta nos três primeiros meses foi de mais de 1 bilhão de litros. O blend médio do país até o momento está em 9,32%, mas em alguns estados já alcança 11%. Para chegar à meta de blend de 25% em 2025, a estimativa é de que serão necessários 10,2 bilhões de litros. Para isso, a capacidade de produção precisa dobrar, as empresas de petróleo precisam aumentar a capacidade de armazenamento, e o país deve melhorar o transporte do biocombustível.

Hoje, a maior parte do volume produzido é em três Estados, e o produto deve ser transportado por longas distâncias. Não dá para depender só do transporte rodoviário, é preciso começar a transportar também por trens e ferrovias, além da construção de dutos. Isso já começou, algumas empresas estão analisando o transporte de etanol. Outro fator é a adaptação dos postos de gasolina. A partir de abril de 2023, todos os motores serão produzidos com capacidade para blend de 20% de etanol. Então, as bombas precisarão ter capacidade de abastecer com E10, E20 ou etanol puro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.