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22/Fev/2022

Etanol: preço avança e mercado tem baixa liquidez

O mercado de etanol registra baixa movimentação. Com compras já fechadas em períodos anteriores, as distribuidoras do estado de São Paulo têm pouca necessidade de adquirir novos volumes no spot. Além disso, a postura firme da maior parte das usinas acaba limitando outras aquisições de distribuidoras. Mesmo diante do mercado desaquecido, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado está cotado a R$ 2,8825 por litro, alta de 1,56% nos últimos sete dias. No caso do anidro, a queda é de 0,97% no mesmo período, com o Indicador CEPEA/ESALQ cotado a R$ 3,1752 por litro. A partir do meio da última semana, os preços dos etanóis se estabilizaram em São Paulo, com apenas pequenos recuos em algumas regiões do Estado. Certas unidades estão mais flexíveis nos preços de venda, mas, ainda assim, poucos negócios são observados.

Outro fator que parece estar retardando novas compras é a expectativa de maior repasse das desvalorizações no segmento produtor para as bombas. Esse cenário poderia favorecer o consumo do biocombustível. De fato, no comparativo da última semana (14 a 18 de fevereiro) com meados de novembro de 2021, quando o movimento de queda na usina foi iniciado, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado caiu 24,3%, ao passo que o preço médio no varejo de São Paulo recuou bem menos: 15,2%. No entanto, deve-se considerar que os preços no segmento varejista não devem acompanhar integralmente as quedas ou as altas (em valores percentuais) observadas no segmento produtor. Isso ocorre porque há componentes nas margens de comercialização que não variam em função do nível de preços (componentes fixos).

Nos últimos sete dias, a relação entre os preços do etanol hidratado e da gasolina C nas bombas de São Paulo quase chegou ao ponto de indiferença, ficando em 70,5%. As médias são de R$ 6,322 por litro para o combustível fóssil (queda de 0,13%) e de R$ 4,457 por litro para o etanol (baixa de 1,8%). No acumulado da safra 2021/2022, a relação de preços entre os dois combustíveis está, em média, em 76,1%. Em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, nos últimos sete dias, o valor do anidro está 5,5% maior que o do hidratado em São Paulo. O preço do açúcar está 43,9% superior ao do anidro e 51,9% maior que o do hidratado. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.