09/Fev/2022
Segundo o Rabobank, o consumo global de açúcar não deve ter crescimento muito superior a 1% ao ano no longo prazo. A Organização das Nações Unidas (ONU) projeta aumento anual de 0,85% na população global até 2035 e, nos países mais ricos, o consumo per capita de açúcar vem diminuindo. Para mercados emergentes, é natural esperar crescimento gradativamente menor no consumo per capita à medida que a renda cresça no futuro. Enquanto isso, as repercussões para o açúcar vindas do problema global de obesidade não devem esfriar tão cedo.
A análise mostra que, entre 2000/2001 e 2009/2010, o consumo global do açúcar cresceu 2,5% anualmente; enquanto na década seguinte o avanço foi de 1,0% ao ano. O avanço mais lento desde 2010/2011 é atribuído à crise econômica global, que reduziu o crescimento de países com renda média e baixa, e à crise de obesidade, que tornou o açúcar um foco de governos. Embora o preço médio do açúcar tenha sido 25% mais alto em termos reais entre 2011 e 2020 do que entre 2000 e 2010, esse fator necessita de um exame mais profundo. A intervenção nos preços é comum no mundo do açúcar.
Em muitos países, os preços locais podem não refletir os globais. Além disso, preços locais são cobrados na moeda local, portanto oscilações cambiais podem causar outra diferença entre preços domésticos e internacionais. O custo com açúcar em bebidas e alimentos processados representa apenas uma pequena parcela do preço final, portanto a valorização do açúcar nesses segmentos não tem grande influência sobre o valor cobrado nas gôndolas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.