28/Jan/2022

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a alta de preços dos Créditos de Descarbonização (CBios) no início deste ano, com o título chegando a ser negociado a R$ 70,00, pode estar relacionada a uma mudança na estratégia das distribuidoras. No final de 2020, teve pico de preços de CBios, depois caiu quando boa parte das distribuidoras cumpriu suas metas. Em 2021 algumas, apostando que o fenômeno se repetiria, deixaram para comprar no final do ano.

As distribuidoras devem estar tentando mudar a estratégia, talvez comprando 1/12 da meta a cada mês, isso explica maior negociação no início do ano, para evitar o que aconteceu no ano passado. Tal fato levou a aumento de preços. Para proteger oscilações e volatilidade do mercado, seria importante a possibilidade de fazer hedge de CBios, o que ainda não é possível. A discussão para esse novo produto financeiro, está sendo feita junto com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O que depende do governo é tirar barreiras e dar segurança jurídica para que aconteça. Nas reuniões, há interesse de escrituradores no mecanismo, portanto o hedge deve sair no médio ou longo prazo. De acordo com o Departamento de Biocombustíveis (DBIO) do MME, uma eventual integração do RenovaBio com mercados internacionais de carbono e com mercados internos pode levar ao aumento de preços, assim como o avanço do mercado secundário. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.