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20/Jan/2022

Cana: chuvas deverão favorecer a safra 2022/2023

As chuvas no Centro-Sul do Brasil entre outubro e dezembro de 2021 superaram a normalidade em pouco mais de 30%. O País deve ter chuvas com normalidade até março, com destaque para São Paulo, principal Estado produtor de cana-de-açúcar. As precipitações são positivas para a produção de cana-de-açúcar na região, especialmente após quebra da temporada anterior em razão de seca e geadas. A projeção de moagem do Centro-Sul na temporada 2022/2023, que começa em abril, é de 563,5 milhões de toneladas, 7,3% a mais do que no atual ciclo. A produção de açúcar deve avançar 7,2%, a 34,5 milhões de toneladas; e a de etanol, 7,1%, a 29,7 bilhões de litros (incluindo milho).

A produtividade agrícola tende a subir 7,3%, a 73,5 toneladas por hectare, mas a qualidade da cana-de -açúcar, medida pelo índice de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), deve cair 1,2%, a 140,7 Kg por tonelada. A expectativa para o mix é de safra um pouco mais açucareira, com o percentual da cana-de-açúcar destinada à produção do açúcar subindo de 45,0% para 45,5%; para o etanol, a expectativa é de recuo de 55,0% para 54,5%. No ano que vem, a participação do biocombustível hidratado no consumo do Ciclo Otto deve subir de 25% para 29%. Na região Norte/Nordeste, o clima também é majoritariamente favorável, e a projeção é de que a moagem na temporada 2021/2022 suba 3,0% frente à anterior, para 53,6 milhões de toneladas; com produção de açúcar em 3,0 milhões de toneladas (-0,4%) e de etanol, em 2,1 bilhões de litros (-0,6%).

Sobre a produção global, a Índia vem avançando. O país tem potencial de exportar 6 milhões de toneladas. Desse total, 4 milhões de toneladas já estão contratados, mas a continuidade vai depender do preço, porque atualmente os futuros na Bolsa de Nova York operam abaixo da paridade de exportação. Na Tailândia e na União Europeia, a expectativa é de recuperação de safra. Mesmo assim, a dinâmica brasileira de produção mais baixa deve pesar sobre os preços na temporada global 2021/2022 (outubro a setembro). O ciclo corrente global deve se encerrar com déficit de 1,9 milhão de toneladas, o que deve sustentar preços. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.