12/Jan/2022

As cotações do açúcar na Bolsa de Nova York caíram para o nível mais baixo em cinco meses e meio, com o contrato mais negociado (março/2022) encerrando em 17,83 centavos de dólar por libra-peso na sessão do dia 10 de janeiro. Embora inicialmente tenha caído acompanhando os preços do petróleo, o açúcar recentemente se desvinculou da tendência do petróleo. Enquanto as cotações do combustível recuperaram suas perdas do fim de novembro, a queda dos preços continuou para o açúcar. O fechamento do dia 10 de janeiro é 15% menor em comparação com o nível mais elevado dos últimos anos, de 20,70 centavos de dólar por libra-peso, alcançado em meados de novembro.

Isso é um tanto surpreendente, uma vez que os preços mais altos do petróleo tornam mais atraente a produção de etanol, que compete diretamente com o açúcar no Brasil, o maior produtor e exportador de açúcar do mundo. A queda no preço do açúcar provavelmente levará as usinas de açúcar a transformar mais cana-de-açúcar em etanol, reduzindo a produção de açúcar. Quanto aos concorrentes, a colheita da cana-de-açúcar teve um início positivo na Índia e na Tailândia, os principais fornecedores de açúcar depois do Brasil. Na Tailândia, por exemplo, 1,9 milhão de toneladas de açúcar foram produzidas até agora, conforme relatórios do Escritório do Conselho de Cana e Açúcar.

O número na mesma época do ano passado foi de apenas 1,2 milhão de toneladas. De acordo com a Associação Indiana de Usinas de Açúcar (Isma), a produção na Índia após os três primeiros meses da atual safra totalizou 11,56 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso aumenta o potencial de exportação em ambos os países. Até o momento, as usinas de açúcar indianas contrataram a exportação de 3,8 milhões a 4 milhões de toneladas de açúcar neste ano-safra. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.