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10/Jan/2022

Usinas: dívidas recuam e saúde financeira melhora

A saúde financeira de usinas do Centro-Sul brasileiro melhorou na safra 2020/2021, que terminou em abril, segundo relatório do Itaú BBA. O banco fez levantamento em 59 grupos da região, que processaram 367 milhões de toneladas na temporada ou 60% da moagem total do Centro-Sul. O volume e a qualidade da cana aumentaram na safra 2020/2021, o resultado operacional foi o melhor dos últimos anos e a geração de caixa se manteve em níveis saudáveis, mesmo com investimentos volumosos. Além disso, a dívida líquida caiu 10%, de R$ 50,7 bilhões para R$ 45,6 bilhões. Com isso, a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 2,0, patamar mais baixo da série histórica do levantamento, que vai até a temporada 2013/2014. Porém, a disparidade entre as usinas mais saudáveis e as em situação mais frágil aumentou, embora todas tenham melhorado o desempenho.

Para a atual safra 2021/2022, cuja moagem já foi encerrada, a expectativa é de desigualdade ainda maior nos resultados, embora a dívida total deva continuar caindo para todos. A projeção para a temporada 2022/2023, que começa em abril no Centro-Sul, também é boa, já que usinas mantiveram os investimentos nas últimas safras, portanto a cana deve ter melhor qualidade e estar mais preparada para enfrentar eventuais adversidades climáticas. Deverá haver a manutenção da margem operacional da produção de cana em São Paulo, Estado com maior moagem no Brasil. Além disso, as margens de soja tendem a voltar ao normal, reduzindo a competição por terra com a cana. A grande dúvida ainda é o clima, já que uma eventual falta de chuvas pode prejudicar as lavouras, como aconteceu na safra atual. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.