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07/Dez/2021

Etanol: volumes negociados registram forte queda

Em São Paulo, o volume de etanol hidratado negociado por usinas em novembro foi o menor para este período desde 2003. Isso é resultado da sequência de poucos negócios ao longo de novembro e que envolveram quase sempre pequenas quantidades. Por sua vez, as menores vendas de etanol hidratado na ponta varejista estão atreladas à baixa competitividade do preço do biocombustível em relação à gasolina. Na parcial da atual safra 2021/2022 (de abril a novembro/2021), o Indicador CEPEA/ESALQ mensal do hidratado registra média de R$ 3,1582 por litro, bem acima dos R$ 2,2170 por litro em igual período de 2020, alta real de 42,5%. No caso do anidro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ está em R$ 3,5588 por litro na parcial desta safra, 46,3% superior à do mesmo período da temporada anterior, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-M de novembro/2021).

Especificamente na média das semanas cheias de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 3,7233 por litro, avanço de 5,27% na comparação com a média das semanas de outubro. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro, considerando-se somente o mercado spot, teve média de R$ 4,3570 por litro em novembro, elevação de 7,69% sobre o do mês anterior. Nas bombas do estado de São Paulo, a relação entre os preços do etanol hidratado e da gasolina C segue mais vantajosa para o combustível fóssil, ficando em 81,5% em novembro. A média de preço do combustível foi de R$ 6,396 por litro e a do hidratado, de R$ 5,212 por litro. Nos últimos sete dias, especificamente, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado está cotado a R$ 3,4594 por litro, queda de 2,14% no período.

No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ está cotado a R$ 4,0002 por litro, recuo de 2,72%. Nos últimos sete dias, apenas poucos negócios (envolvendo também volumes pequenos) são registrados no spot. Alguns acordos de comercialização de etanol para o período de entressafra também podem abastecer as distribuidoras nos próximos meses, o que limitaria ainda mais as compras de etanol no mercado spot. No geral, o setor sucoenergético está atento à possibilidade de mudança no preço da gasolina por parte da Petrobras, diante da desvalorização do barril do petróleo. Além disso, os agentes estão apreensivos com os possíveis impactos sobre a demanda de etanol decorrentes da chegada da nova variante do coronavírus ao Brasil.

Em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, nos últimos sete dias, o valor do anidro está 10,8% maior que o do hidratado em São Paulo. No caso do açúcar, o preço está 19,9% superior ao do anidro e 32,9% maior que o do hidratado. Nos últimos sete dias, a relação entre os preços do etanol hidratado e da gasolina C nas bombas apresenta queda para 80,2%, contra 81,3% da semana anterior. As médias são de R$ 6,40 por litro para o combustível fóssil (queda de 0,31%) e de R$ 5,133 por litro para o etanol (recuo de 1,67%). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.