03/Nov/2021

Os preços dos etanóis, que estão em alta desde julho, registraram mais um mês de avanços em São Paulo. Na média de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 3,5370/litro, aumento de 8,4% (ou +0,24 centavos de Real/litro) na comparação com setembro. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro, considerando somente o mercado spot, subiu 6,0% (+0,23 centavos de Real/litro), a R$ 4,0458/litro. Com sequências semanais de altas no mercado spot e perspectiva de futuros firmes na B3 nos próximos meses, algumas compras foram, inclusive, fechadas para retiradas em novembro e dezembro. Esse tipo de negociação também foi observado em outros estados da região Centro-Sul por parte de algumas distribuidoras. Além disso, a moagem da safra 2021/2022 nas usinas de São Paulo segue caminhando para o final para um número crescente de unidades produtivas. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ mensal do hidratado de outubro subiu 8,2% em relação ao de setembro. A menor produção deste tipo de etanol frente ao anidro vem garantindo altas mais intensas para o hidratado na safra atual.

No caso do anidro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ fechou com elevação de 3,4% entre setembro e outubro, com valores deflacionados pelo IGP-M de outubro/2021. Quanto aos volumes negociados no mercado spot, o total vendido pelas usinas de São Paulo em outubro seguiu praticamente igual ao do mês anterior. Frente ao mesmo período de 2020, porém, o recuo foi de fortes 62%. Nas bombas do estado de São Paulo, a relação de preços entre o etanol hidratado e a gasolina C seguiu mais vantajosa para o combustível fóssil em outubro. A média de preço do combustível foi de R$ 5,999/litro, e a do hidratado, a R$ 4,686/litro, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Na última semana de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 3,8280/litro, forte alta de 7,8% frente ao período anterior. No caso do etanol anidro, o preço subiu 6,6%, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 4,3353/litro. A semana foi marcada por aumentos diários, especialmente no preço do etanol hidratado. Os vendedores seguem firmes nos preços, com negócios efetivados no fechamento da semana a patamares superiores aos do começo do período.

Os compradores, por sua vez, tiveram participação menos ativa no mercado spot na comparação com o período anterior – um número expressivo desses agentes segue retirando volumes adquiridos anteriormente. As incertezas quanto aos desdobramentos da quebra de safra pelas questões climáticas e o período de entressafra mais prolongado do que em anos anteriores continuam recaindo sobre o setor. Relatório divulgado pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar sobre o desempenho da parcial da safra, o número de usinas em operação era de 195 até 16 de outubro. Até aquele momento, 67 plantas já haviam finalizado a produção, com mais 83 usinas previstas para encerrar a temporada na segunda quinzena de outubro. Em São Paulo, entre 24 e 30 de outubro, a paridade entre os preços do etanol hidratado e da gasolina C nas bombas foi de 78,8%. As médias foram de R$ 6,184/litro para a gasolina C (aumento de 2,7%) e de R$ 4,876/litro para o etanol (alta de 4,0%). Em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, na última semana, o valor do anidro foi 8,5% maior que o do hidratado em São Paulo. No caso do açúcar, o preço foi 7,6% superior ao do anidro e 16,7% maior do que o do hidratado. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.