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28/Out/2021

Setor sucroenergético precisa elevar investimentos

Segundo o Itaú BBA, apesar dos resultados positivos do setor sucroenergético na safra 2020/2021, os índices de fusões e aquisições (M&A) e o volume de construção de novas unidades industriais ainda são baixos. Os múltiplos de concretizações de M&A são baixos, o volume de transações é baixo e o custo de novas unidades é muito elevado. Existe mercado, disponibilidade, até pouco tempo atrás os juros eram atrativos, mas, mesmo assim, não houve movimento de investimentos. Então, a preocupação é sobre como manter a liderança do Brasil na produção de biocombustíveis, que cresce mundialmente, já que não foram feitos investimentos para crescer junto.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) por tonelada moída do setor alcançou recorde na temporada 2020/2021, ficando em R$ 63,00 por tonelada. Para 2021/2022 ainda há dúvida se esse recorde será superado, pois houve queda no volume de cana-de-açúcar processado e precificação heterogênea do produto, mas ainda assim os níveis ficarão muito saudáveis para usinas. Em termos de alavancagem, a dívida recuou, e queda só não foi maior por causa da valorização do câmbio, que dificulta a situação de quem tem dívidas em dólar.

De qualquer forma, o perfil do endividamento foi alongado. A performance financeira do setor foi desequilibrada, principalmente por causa do clima e do aumento de preços ao longo da safra. No caso do tempo seco, houve grande variedade na produtividade agrícola a depender da localização do canavial, e empresas tradicionais tiveram problemas grandes. No caso do preço, como o açúcar se valorizou ao longo da safra, quem fez comercialização mais cedo, que costuma ser o mais organizado, pode ter tido pior desempenho do que quem fez depois. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.