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06/Out/2021

Cana: moagem deverá recuar na safra 2021/2022

O Centro-Sul do Brasil deve processar 533,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2021/2022, que vai até março do ano que vem. O volume representaria recuo de 12% em comparação com a safra anterior. A produtividade média é estimada em 69 toneladas por hectare. As chuvas continuaram bem abaixo da média. Além disso, incêndios e geadas prejudicaram as lavouras. O mix deve ficar em 45,5% para açúcar e 55,5% para o etanol. A produção do açúcar na região deve recuar 13%, para 33,5 milhões de toneladas; enquanto a expectativa para a produção total de etanol (de cana-de-açúcar e de milho) é de recuo de 11,2%, para 28,2 bilhões de litros.

A oferta do biocombustível anidro, porém, deve aumentar, ao contrário do hidratado. Os altos preços do etanol têm tornado a gasolina mais atrativa na bomba. Essa tendência deve continuar, já que a safra deve ter fim antecipado no Centro-Sul. Muitas usinas planejam encerrar já nas próximas semanas. Para a temporada 2022/2023, a expectativa é que o Centro-Sul processe 565,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o que representaria um aumento de 6,1% ante o estimado para 2021/2022. A produção de açúcar deve subir 2,1% na mesma comparação, para 34,2 milhões de toneladas; enquanto a projeção para o etanol é de avanço de 5,5%, para 29,7 bilhões de litros. As chuvas nos próximos meses serão essenciais para a estimativa da próxima safra.

O volume entre outubro de 2021 e março de 2022 será importante para moldar a produtividade com mais precisão. Deve haver recuperação, mas certamente vai depender do retorno da umidade sobre o cinturão canavieiro. Se houver La Niña, pode pressionar a moagem da próxima safra. A demanda global por açúcar deve superar a oferta nas safras globais (de outubro a setembro) 2020/2021 e 2021/2022. Os déficits esperados são, respectivamente, de 2,9 milhões de toneladas e 800 mil toneladas. Seriam três ciclos globais consecutivos em que a demanda supera a oferta. Isso deve dar suporte aos preços. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.