ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

28/Set/2021

Açúcar: preocupação com Brasil pressiona futuros

Os contratos futuros de açúcar demerara terminaram a sessão desta segunda-feira (27/09) em queda na Bolsa de Nova York, ampliando as perdas da última sessão. O vencimento março/2022, o mais negociado, recuou 25 pontos (1,25%), e fechou a 19,68 centavos de dólar por libra-peso. O mercado é pressionado, em parte, pela sugestão do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, de reduzir a mistura de etanol à gasolina para diminuir o preço deste combustível.

Caso a medida se concretize, a demanda pelo biocombustível cairá e usinas brasileiras poderão aumentar a produção de açúcar, ampliando, assim, a oferta do açúcar e pressionando preços. Levantamento quinzenal da União da Indústria da cana-de-açúcar (Unica) mostrou que as usinas produtoras de cana-de-açúcar do Centro-Sul do Brasil processaram 38,38 milhões de toneladas na 1ª metade de setembro, com recuo de 14,09% sobre o volume apurado na mesma quinzena da safra 2020/2021 (44,67 milhões de toneladas). Em relação ao número de usinas em operação, 254 empresas registraram produção até dia 16 de setembro, em comparação com 261 unidades industriais em igual data do último ano.

Nesta quinzena, três unidades produtoras já encerraram a safra. No acumulado, cinco terminaram o ciclo 2021/2022. A qualidade da matéria-prima na 1ª quinzena de setembro, mensurada a partir da concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar, registrou 155,01 Kg por tonelada, com retração de 2,51% em relação aos 159,00 Kg por tonelada observados no ciclo passado. As perdas foram limitadas pelo avanço expressivo do petróleo nas bolsas internacionais.