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10/Set/2021

Açúcar: produção do Brasil deve cair em 2021/22

Depois de um clima desfavorável nas principais regiões produtoras brasileiras de cana-de-açúcar, o Brasil tende a ter uma contribuição significativamente menor em 2021/2022 do que na temporada anterior. Mas, a situação é diferente em outras partes do globo. Além da Índia, onde outra boa safra deve ser colhida, a Tailândia (o segundo maior exportador de açúcar depois do Brasil) também é particularmente relevante. Uma seca de dois anos dizimou as últimas safras de cana-de-açúcar na Tailândia. Agora, o grupo de produtores Thai Millers Corp. está otimista de que o país possa voltar em 2021/2022 aos níveis vistos nos anos anteriores, com até 11 milhões de toneladas de açúcar produzidas após o fraco volume de 7,6 milhões de toneladas do ano passado.

Um total de 13 milhões de toneladas é considerado possível para 2022/2023. Isso porque a área plantada com cana-de-açúcar está sendo ampliada em função dos preços atrativos do açúcar e da previsão de chuvas abundantes. Com essas previsões, a Thai Millers estima exportações potenciais de mais de 8 milhões de toneladas de açúcar em 2021/2022. Isso seria cerca de duas vezes mais o que a Organização Internacional do Açúcar (OIA) estimou no fim de agosto para a temporada 2020/2021 e compensaria de grosso modo o declínio brasileiro. Para o Brasil, a OIA espera exportações de apenas cerca de 26 milhões de toneladas em 2021/2022, após 30 milhões de toneladas em 2020/2021.

A entidade, no entanto, é mais cautelosa do que os Thai Millers e espera uma produção tailandesa de 9 milhões de toneladas e exportações de 6,2 milhões de toneladas em 2021/2022. A produção de 14,9 milhões de toneladas que a OIA prevê para a União Europeia (UE) também é mais pessimista do que, por exemplo, a estimativa da Comissão Europeia de 15,5 milhões de toneladas nas suas perspectivas de verão a curto prazo (+1 milhão de ano a ano). Na Alemanha, a colheita da safra de beterraba e a produção de açúcar, que começarão em algumas semanas, devem contribuir com 4,4 milhões de toneladas ao total, de acordo com a WVZ, a associação da indústria açucareira da Alemanha.

O volume é um pouco mais do que os 4,1 milhões de toneladas do ano anterior por motivos de área plantada e produção. A OIA prevê um déficit global de 3,8 milhões de toneladas em 2021/2022, após um déficit de 1,5 milhão de toneladas em 2020/2021, porque a produção deve estagnar, mas a demanda deve continuar crescendo. Ainda que o início da produção no Hemisfério Norte gere alguma pressão sobre os preços, a perspectiva de oferta deve manter as cotações em nível elevado nos próximos meses. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.