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19/Ago/2021

Etanol: venda direta não deve impactar na bomba

De acordo com a Fitch Ratings, a possibilidade de venda de etanol diretamente da usina ao posto não deve ter efeito relevante nos preços do biocombustível na bomba. O ganho nas margens de produtores deve ficar em segundo plano, porque o fluxo de caixa de usinas já é positivo em decorrência dos altos preços tanto do etanol quanto do açúcar. Por isso, o efeito tanto nos preços do combustível quanto nas margens não será significativo para o crédito de companhias do setor.

Vendas diretas de etanol são opcionais, e só um pequeno número de players deve escolher fazê-las, já que atualizações logísticas significativas serão necessárias para isso. Outro desafio da mudança é a capacidade de estocagem, pois as distribuidoras de combustível estocam etanol no Brasil tanto durante a safra quando durante a entressafra. A localização e a logística também devem ter influência na vantagem da venda direta. Para usinas grandes, será difícil fracionar as vendas em porções menores para vender aos postos, enquanto as unidades distantes de grandes centros ficarão em desvantagem em comparação com as localizadas no estado de São Paulo, onde é vendido mais da metade do etanol no País.

As margens de distribuidoras costumam ser pequenas e a grande escala delas ajuda a cadeia. Além disso, a venda direta limita os ganhos de usinas com Créditos de Descarbonização (CBios), embora o Ministério de Minas e Energia (MME) tenha afirmado que a regulação sobre isso vai mudar. Os preços do etanol devem continuar elevados em 2021 e as vendas do biocombustível devem aumentar este ano ante 2020. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.