17/Ago/2021

Preços em alta estão sendo observados em vários setores do agronegócio brasileiro neste ano, e o segmento de etanol da indústria sucroenergética não tem sido exceção. No acumulado da atual safra 2021/2022 (de abril/2021 até a semana passada), o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado registra alta de 35,5%, em termos nominais. No caso do anidro, a elevação é de 41,5% na mesma comparação.

Com o anidro se valorizando um pouco mais que o hidratado, o spread entre os preços médios desses biocombustíveis está em 14,7% na parcial da atual safra, contra 13,4% no mesmo período de 2020 e 12,6% na parcial da safra de 2019. A menor competitividade do etanol hidratado frente à gasolina C nos postos também influencia esse movimento. O Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado está cotado a R$ 3,1382 por litro, avanço de 3,51% nos últimos sete dias.

No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ está cotado a R$ 3,5733 por litro, alta de 3,11% no mesmo comparativo. Em São Paulo, o aumento nos preços do biocombustível foi observado em quase todos os dias da semana passada, com poucas usinas ativas no mercado. As incertezas em relação aos efeitos adversos do clima continuam influenciando o comportamento do segmento vendedor. Nas distribuidoras, por sua vez, há diminuição no volume negociado, especialmente de etanol hidratado.

Nos últimos sete dias, em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, o valor do anidro esteve 9,1% maior que o do hidratado em São Paulo. O preço do açúcar foi 6,7% superior ao do anidro e 16,4% maior do que o hidratado. No mercado varejista em São Paulo, a paridade entre os preços do etanol hidratado e da gasolina C nas bombas é de 75,4% nos últimos sete dias. As médias são de R$ 5,523 por litro para a gasolina C, aumento de 0,45%, e de R$ 4,163 por litro para o etanol, alta de 1,14%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.