11/Ago/2021

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (10/08) pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a moagem de cana-de-açúcar continua em queda por causa do clima seco e das geadas recentes no País. Usinas e destilarias no Centro-Sul do Brasil processaram 46,690 milhões toneladas de cana na segunda quinzena de julho, queda de 8,16% em comparação com igual período de 2020, quando foram moídos 50,841 milhões de toneladas.

No estado de São Paulo, o recuo foi de 11,14%, a 26,742 milhões de toneladas, enquanto os demais Estados do Centro-Sul tiveram queda de 3,85%, a 19,948 milhões de toneladas. Tanto a produtividade da lavoura, quanto a qualidade da matéria-prima cultivada, sofreram com as geadas observadas nas últimas semanas na Região Centro-Sul. A entidade estima que o efeito do clima, que fez várias usinas alterarem o cronograma de colheita, na produtividade de julho deve ser de mais de 5 toneladas por hectare.

Além disso, a qualidade da cana-de-açúcar processada no mês piorou. Nas próximas quinzenas, haverá evidências mais claras sobre o impacto da geada na lavoura a ser colhida. A qualidade da matéria-prima processada em todo o Centro-Sul na primeira quinzena de julho, medida a partir da concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), atingiu 146,86 Kg por tonelada ante 148,15 Kg por tonelada verificados em igual quinzena da safra passada, queda de 0,87%.

Dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) para julho, que consideram uma amostra de 68 unidades, indicam queda anual de 17,9% no rendimento agrícola, de 89,8 toneladas por hectare para 73,7 toneladas por hectare. No acumulado da safra, o recuo é de 12,5%, para 75,7 toneladas por hectare. Até 1º de agosto, 255 empresas começaram a produzir ante 264 unidades no mesmo período de 2020. Para a próxima quinzena está previsto o início de safra de apenas 1 unidade. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.