10/Ago/2021

Em São Paulo, o cenário de alta dos preços domésticos do açúcar cristal continua sendo observado no spot neste início de mês, de forma que, na primeira semana de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal renovou o recorde nominal, ao fechar a R$ 120,79 por saca de 50 Kg no dia 4 de agosto. O impulso vem da restrição da oferta na atual safra 2021/2022, que, vale lembrar, vem sendo prejudicada pelo clima seco e frio.

Ainda para este mês, estão previstas ocorrências de outras geadas, o que pode resultar em novos impactos sobre as lavouras de cana-de-açúcar da Região Centro-Sul do País. Neste contexto, muitas usinas de São Paulo estão fora do mercado spot, avaliando se as possíveis perdas na produção chegam a comprometer os volumes de açúcar já contratados. Apesar da menor oferta no spot, as vendas de usinas envolvem esporadicamente volumes elevados do cristal, sustentando a liquidez no mercado à vista.

A média do Indicador CEPEA/ESALQ é de R$ 120,09 por saca de 50 Kg, elevação de 2,16% nos últimos sete dias (de R$ 117,55 por Kg). Perspectivas de menor produção brasileira sustentam os valores do açúcar demerara negociado na Bolsa de Nova York. Além disso, na semana passada, houve um movimento de recompra de posições por fundos na ICE Futures. No entanto, a apreciação do dólar frente ao Real e a queda nas cotações do petróleo limitam o movimento de alta.

Ainda assim, nos últimos sete dias, o açúcar demerara (contrato Outubro/2021) apresenta valorização de 4,3% na Bolsa de Nova York, cotado a 18,68 centavos de dólar por libra-peso. Em São Paulo, no atacado, o Indicador de Cristal Empacotado está cotado a R$ 14,89 por saca de 5 Kg, queda de 0,52% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,24 por saca de 1 Kg, alta de 0,11% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.