06/Ago/2021

De acordo com estudo publicado pelo Rabobank, as próximas grandes novidades tecnológicas nos canaviais do Brasil devem ser tecnologia 5G, inteligência artificial (AI), machine learning e biotecnologia. O setor canavieiro no Brasil está entre os mais preparados para evoluir tecnologicamente em decorrência de sua estrutura, com grande escala e alta integração entre agricultores e industriais. O 5G deveria ser acessível no País a partir do ano que vem, mas pode haver demora, já que algumas regiões ainda não têm sequer o 4G. Além disso, a expectativa é de que a tecnologia chegue primeiro a grandes cidades. Ao alcançar o campo, porém, o avanço vai acelerar a comunicação e a transferência de dados.

Isso vai ajudar a viabilizar a comunicação entre as máquinas no campo em tempo real, ou seja, vai permitir à 'internet das coisas' alcançar o seu potencial. No curto prazo, isso deveria permitir ainda mais a otimização do gerenciamento da frota de máquinas em operações como a colheita e o transporte de cana-de-açúcar. Num prazo mais longo, a expectativa é de que as máquinas usem a inteligência artificial e o machine learning para se aprimorarem e atingirem altos níveis de automatização. Um exemplo é um drone que identifica áreas de infestação e que o próprio drone "chame" outros drones para pulverizar os locais. Em termos de biotecnologia, o Rabobank espera que variedades transgênicas de cana-de-açúcar ganhem espaço no Brasil, mas, por enquanto, o uso é baixo porque o ciclo de plantio da cana-de-açúcar é mais longo do que o de grãos como soja e milho.

As variedades transgênicas vão tornar os canaviais mais resistentes a doenças e pragas, levando à redução no uso de defensivos. Um outro benefício que a nova onda de variedades poderia trazer é uma gama de novas variedades desenvolvidas para regiões e condições agroclimáticas específicas. Outra possibilidade promissora é a "semente de cana", já que hoje o plantio é feito com pedaços da própria cana-de açúcar ou com mudas. A adoção de sementes reduziria o custo de plantio e poderia tornar os ciclos da cana-de-açúcar mais curtos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.