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21/Jul/2021

Índia: mais etanol reduziria as ofertas de açúcar

Segundo o Rabobank, a Índia pode deixar de produzir 6 milhões de toneladas de açúcar até 2025, em decorrência do maior investimento do país em etanol. Tirar esse volume do mercado é retirar o equivalente ao total das exportações de açúcar da Índia hoje em dia. Ou seja, o problema de excedente estrutural de açúcar da Índia pode ser em parte ou totalmente resolvido daqui a quatro ou cinco anos.

Para o ano-safra atual, que vai até setembro, o biocombustível já deve evitar a produção de dois milhões de toneladas de açúcar. Em 2023, o número deve chegar a quatro milhões de toneladas. A Índia produz mais açúcar do que consome, e concede subsídio a exportações, o que pressiona os preços internacionais do açúcar. Outros países produtores, entre eles o Brasil, já abriram painel na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios.

O governo indiano adiantou a meta de 20% de mistura de etanol na gasolina de 2030 para 2025. A demanda pelo biocombustível em 2025 no país foi calculada em até 12 bilhões de litros, sendo que a capacidade atual de produção é de 7 bilhões de litros. Parte do restante necessário será obtida com um maior porcentual da cana-de-açúcar utilizada para produzir etanol em vez de açúcar (o biocombustível feito a partir de grãos também vai contribuir).

O governo indiano lançou medidas de apoio à produção de etanol, como ajuda com parte dos juros de investimentos iniciais dedicados a novos projetos. Tudo indica que esse pacote de medidas está funcionando. Saíram do papel, 31 projetos de novas destilarias ou de expansão de destilarias, acrescentando um bilhão de litros à capacidade de produção do país. Mais um bilhão de litros está previsto até meados do ano que vem. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.