09/Jul/2021

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em queda nesta quinta-feira (08/07) na Bolsa de Nova York, pela terceira sessão consecutiva, com câmbio dando direcionamento para as cotações do adoçante. A valorização do dólar ante o Real pressionou os contratos, já que a trajetória de alta da divisa tende a estimular as exportações brasileiras O vencimento outubro, o mais líquido, recuou 30 pontos (1,69%) e fechou a 17,45 centavos de dólar por libra-peso.

O mercado analisa, ainda, as condições da safra no Brasil. De acordo com a Somar Meteorologia, a Região Sudeste deve ter tempo firme até o dia 10 de julho. Para semana que vem, a expectativa é de uma onda de calor na região. O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que o subíndice de preços do Açúcar ficou, em média, 107,7 pontos em junho, alta de 0,9 pontos (0,9%) em relação a maio, marcando o terceiro aumento mensal consecutivo e uma nova máxima em anos.

As incertezas sobre o impacto das condições climáticas desfavoráveis sobre a produtividade das safras do Brasil, maior exportador mundial de açúcar, pressionaram a alta sobre os preços. Além disso, o recente aumento nos preços do petróleo bruto e a valorização do Real ante o dólar norte-americano deram suporte adicional às cotações mundiais do açúcar. Os preços mais elevados do combustível tendem a levar os produtores no Brasil a desviar mais da moagem da cana-de-açúcar para a produção de etanol. Por outro lado, as perspectivas positivas de produção e exportação da Índia compensaram parcialmente a pressão geral de alta sobre os preços do açúcar e impediram aumentos mensais maiores.