07/Jul/2021

O efeito das geadas da semana passada em regiões produtoras de cana-de-açúcar no Brasil ainda está sendo dimensionado pelas usinas, mas é possível que ele seja maior na safra 2022/2023, que começa em abril do ano que vem, do que na atual. Em termos gerais, foram atingidas regiões de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. O impacto maior foi em Mato Grosso do Sul e Paraná, que pode se refletir mais na safra do ano que vem do que nesta. Isso se deve ao fato de as geadas terem atingido, em grande parte, áreas recém-plantadas, que ainda não estavam em época de colheita.

Mas, são necessários ao menos cerca de dez dias para que as usinas consigam dimensionar o efeito quantitativo, então ainda não há um número do tamanho do impacto. No entanto, o efeito pode ser minimizado caso, daqui para frente, as condições climáticas sejam favoráveis à cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar é resistente, então se o tempo melhorar, parte desses prejuízos pode ser revertido. No curto prazo, não há previsão de novas geadas, embora elas possam se repetir mais à frente. Para a cana-de-açúcar a ser colhida na atual safra, e que foi atingida.

O fato de o Centro-Sul ainda estar no início da temporada pode ser positivo. Se a geada atingir a cana-de-açúcar que estava no ponto de colheita, ela age como maturador e acelera a colheita daquela área. Se for em cana-de-açúcar que seria colhida nesta safra, mas não estava pronta, o fato de ainda haver dois terços da safra pela frente pode ajudar porque há um tempo a mais de recuperação. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.