25/Jun/2021

Segundo a Jalles Machado, fabricar açúcar para vender no mercado interno é mais lucrativo para as usinas neste momento do que produzir etanol para o mesmo destino. Em alguns momentos de maio e do começo de junho, o etanol remunerou melhor do que o açúcar, tanto o açúcar VHP (bruto, que costuma ser exportado) quanto o do mercado interno. Houve períodos em que o etanol foi priorizado pela empresa. Mas, hoje, o açúcar para mercado interno está remunerando mais do que o etanol, mesmo com o etanol em níveis altos.

A tendência para a companhia neste momento é manter o mix mais açucareiro. Em relação ao açúcar orgânico, um dos principais produtos da Jalles Machado, os preços em dólar devem ficar estáveis nesta safra em comparação à anterior. O orgânico tem precificação própria, com menor volatilidade. A oferta global de açúcar deve continuar justa nos próximos anos, o que favorece os preços. Há notícias favoráveis sobre o açúcar, e o etanol avançou mais do que esperado com o petróleo firme e a antecipação do aumento da mistura na Índia.

Consultorias estimam pequeno déficit de açúcar nos próximos dois anos, então o balanço continua justo. A exportação brasileira é mais competitiva do que a dos principais concorrentes. Na Tailândia, para a exportação ser lucrativa, o açúcar precisa estar em 17,00 centavos de dólar por libra-peso e, para a Índia, a 19,00 centavos de dólar por libra-peso. Então, não tem de onde vir um excedente de açúcar para o mercado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.