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02/Jun/2021

Etanol vem reduzindo emissões de CO² no Brasil

Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), entre março de 2003, data de lançamento da tecnologia flex, e abril de 2021, o consumo de etanol (anidro e hidratado) evitou a emissão de mais de 566 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. O volume é equivalente às emissões anuais somadas de Argentina, Venezuela, Chile, Colômbia e Uruguai. O levantamento teve como base a metodologia de aferição de padrão de emissões de gases de efeito estufa (GEE) dos combustíveis, estabelecida pela Política Nacional de Biocombustíveis - RenovaBio, e utilizou dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Atualmente, 86% do etanol comercializado no País está certificado no RenovaBio, garantindo a rastreabilidade e a efetividade da redução de emissões e a nulidade do desmatamento direto e indireto.

A pandemia de Covid-19 reforçou a urgência em se tomar medidas efetivas de combate às mudanças climáticas. No Brasil, como em nenhuma parte do mundo, a indústria de combustíveis renováveis está madura, e vem contribuindo ano após ano para a redução da emissão de gases de efeito estufa. A Agência Internacional de Energia (AIE) já apontou a importância de programas como o Renovabio para zerar as emissões até 2050. A sustentabilidade da cadeia é ampliada pela utilização dos subprodutos da produção de etanol para a geração de energia elétrica de baixo carbono. Em 2020, a bioeletricidade ofertada para a rede pelo setor sucroenergético cresceu 1% em relação a 2019, com um volume de 22.604 GWh. Desse total, 83% foram ofertados entre maio e novembro, período seco. Tratou-se de uma geração equivalente a ter poupado 15% da água disponível associada à energia máxima que poder ser gerada nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste.

A cana-de-açúcar responde por 19,1% de toda a oferta primária de energia no País, levando em conta etanol e bioeletricidade, e 39,5% de toda a energia renovável, segundo o Balanço Energético Nacional 2021, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O etanol gera 90% menos emissões que a gasolina, e que é reconhecido internacionalmente por não representar risco às florestas nativas. As lavouras de cana-de-açúcar destinadas à produção de etanol ocupam apenas 0,8% do território nacional e estão localizadas a mais de 2 mil quilômetros da Amazônia. A sustentabilidade é um diferencial estratégico do setor sucroenergético reconhecido no Brasil e no mundo, e faz parte da proposta de valor dos produtos advindos da cana-de-açúcar, essenciais para a retomada sustentável do crescimento econômico do País. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.