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20/Mai/2021

Açúcar: previsões para a safra global 2021/2022

A Organização Internacional do Açúcar (ISO) prevê para a próxima temporada 2021/2022 uma produção de 14,7 milhões de toneladas de açúcar na União Europeia (UE). O número representaria cerca de 800 mil toneladas a mais em comparação com 2020/2021. Essa previsão deve ser alcançada por rendimentos mais elevados, como a reaprovação de alguns defensivos agrícolas. A Comissão Europeia projeta que 14,5 milhões de toneladas de açúcar serão produzidas na União Europeia na temporada 2020/2021, colocando sua estimativa acima da ISO (13,9 milhões de toneladas). Apesar da perspectiva positiva, houve um declínio de 11% com relação ao ano anterior, que foi influenciado pelo vírus do amarelo da beterraba, que fez com que a produção do açúcar na França caísse em um terço. Até agora, a Comissão Europeia apresentou apenas uma estimativa para a safra de beterraba sacarina em 2021/2022 e não para a produção total de açúcar, que depende do teor de açúcar.

A safra está, pelo menos, configurada para aumentar. Em território negativo, as previsões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a produção de açúcar no Brasil também podem influenciar a oferta da commodity. No Brasil, a produção de açúcar deve cair 6,4%, para 35,8 milhões de toneladas na principal região produtora do Centro-Sul, e 6%, para 39,8 milhões de toneladas em todo o País. Porém, a produção global deve aumentar em virtude da boa safra na Índia e um aumento de 25% na Tailândia para cerca de 10 milhões de toneladas. Após um déficit em 2020/2021, estimado em 3,4 milhões de toneladas, o mercado provavelmente estará mais equilibrado. A ISO deve apresentar sua última estimativa de déficit no fim deste mês (em fevereiro, a projeção era de 4,8 milhões de toneladas).

A produção brasileira continuará sendo uma variável importante em 2021/2022, por ser uma das principais produtoras de açúcar no mundo. Além disso, outros fatores críticos, e que devem ser observados, são os preços do petróleo e as taxas de câmbio, que influenciam diretamente na forma como a cana-de-açúcar será utilizada, podendo ir para a produção do açúcar ou etanol. Embora não esteja previsto qualquer aumento adicional nos preços do petróleo para os próximos meses, uma situação contrária pode ser gerada pelas taxas de câmbio. A expectativa é de que a moeda brasileira se valorize, pelo menos, moderadamente. Isso reduziria os preços do açúcar, que é um importante produto de exportação, quando convertido em moeda nacional, tornando a produção e a exportação menos atraentes. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.