20/Mai/2021

O teto para preços dos contratos futuros de açúcar demerara na Bolsa de Nova York com base em fundamentos é de cerca de 18,50 centavos de dólar por libra-peso, já que a partir desse patamar as exportações sem subsídios da Índia se tornam competitivas. Hoje, o mercado não conta com a entrada desses volumes da Índia. Com o subsídio atual, a estimativa é de que as exportações indianas se tornam lucrativas com os futuros a 15,50 centavos de dólar por libra-peso, entretanto, o país já preencheu quase toda a cota para a atual safra.

Caso os contratos futuros ultrapassem os 18,00 centavos de dólar por libra-peso, a demanda pode ter uma queda já que a paridade de importação da China passa a se fechar. Aos 18,00 centavos de dólar por libra-peso, ainda dá para exportar para a China, se passar disso, seria perda de dinheiro para os chineses. O posicionamento altista de fundos e especuladores em açúcar pode diminuir caso a inflação, principalmente nos Estados Unidos, aumente. O risco é que a preocupação com inflação se torne um problema maior e comecemos a ver uma alta dos juros. É difícil imaginar isso agora com um Fed (o banco central norte-americano) 'dovish' nos Estados Unidos, mas é preciso manter a atenção.

O mais recente levantamento semanal da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que a posição líquida comprada de fundos e especuladores em 11 de maio era de 258.572 lotes. Uma liquidação forte de posições não deve acontecer tão cedo, exceto em caso de um evento altamente relevante e inesperado, como foi o início da pandemia de Covid-19. É difícil imaginar esses grandes fundos ou bancos comprando 100 mil contratos e liquidando rapidamente, a não ser caso aconteça algo radical. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.