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13/Mai/2021

Açúcar: perspectiva de déficit global eleva preços

O preço do açúcar bruto alcançou, no dia 11 de maio, o nível mais alto na Bolsa de Nova York desde março de 2017, mostrando forte recuperação e encerrando a 18,10 centavos de dólar por libra-peso no contrato de julho. Há algum tempo, os preços vêm sendo impulsionados pela perspectiva de um déficit no mercado mundial de açúcar na temporada atual, embora a próxima safra possa se caracterizar por um mercado mais equilibrado. No entanto, a probabilidade de recuperação é cada vez mais duvidosa, já que o Brasil, um dos principais produtores de açúcar, deve processar menos cana-de-açúcar em virtude da seca prolongada. Nesse sentido, o mais provável é que Índia, Tailândia e, possivelmente, a União Europeia, aumentem a produção. No entanto, a alta competição entre etanol e açúcar no Brasil pode reduzir ainda mais a produção de commodity, apesar de os preços do açúcar serem recordes em moeda local.

A situação se repete para os preços do etanol, já que a mobilidade no País voltou a crescer e a lenta temporada de processamento de cana de 2021/2022 esgotou os estoques existentes de etanol. A rentabilidade aumentou para ambos os produtos, embora notícias de aumento da oferta de outras regiões possam alterar esse crescimento. Em compensação, as usinas de açúcar brasileiras não podem continuar alternando entre etanol e açúcar de forma ilimitada, uma vez que a maior parte da produção de açúcar esperada já foi vendida com antecedência. Em alguns casos, há meses e a preços muito mais baixos. O preço do açúcar na Bolsa de Nova York também está encontrando apoio da moeda norte-americana ante o Real, que se valorizou significativamente nas últimas semanas, tornando menos atraente para os fornecedores brasileiros realizarem mais exportações. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.