06/Mai/2021

O mercado global de açúcar deve passar de um déficit de 1,51 milhão de toneladas na temporada 2020/2021 (outubro/setembro) para um superávit de 2,74 milhões de toneladas em 2021/2022. Uma recuperação da produção na Tailândia, outra boa safra na Índia e melhorias na produtividade agrícola na Europa, apesar das geadas na França, são os principais fatores por trás da mudança de um déficit para um superávit na nova temporada. A previsão de superávit global foi feita apesar de uma queda na moagem de cana-de-açúcar do Centro-Sul do Brasil, diante da seca.

A principal região produtora do Brasil deverá processar 572 milhões de toneladas em 2021/2022 (abril/março), ante 605 milhões de toneladas na temporada anterior. A produção de açúcar do Centro-Sul foi estimada em 36,3 milhões de toneladas em 2021/2022, ante 38,5 milhões em 2020/2021. A expectativa é de um mercado volátil, apesar do cenário do balanço global, devido a desdobramentos da safra brasileira, que teve um lento início no Centro-Sul. É preciso esperar as próximas semanas para ter mais clareza de como será a moagem da cana-de-açúcar nesta região.

A Índia deve produzir cerca de 30 milhões de toneladas em 2021/2022 após a excelente safra da temporada anterior, que foi de 31,2 milhões de toneladas. A safra de cana-de-açúcar da Tailândia deve aumentar para 85 milhões de toneladas, de 66 milhões de toneladas, o que deve aumentar as exportações de açúcar do país de 3,9 milhões de toneladas para 5,8 milhões de toneladas. Na Rússia, a produção de açúcar deve crescer 18,5%, para 6,1 milhões de toneladas em 2021/2022. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.