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28/Abr/2021

Açúcar: clima adverso no Brasil impulsiona futuros

Os futuros de açúcar demerara fecharam em forte alta nesta terça-feira (27/04) na Bolsa de Nova York. O vencimento julho, o mais líquido, avançou 66 pontos (3,86%) e fechou a 17,75 centavos de dólar por libra-peso. O mercado foi impulsionado pelos fundamentos altistas. No Brasil, o clima seco ameaça a safra do Centro-Sul. O Brasil é o principal produtor mundial de açúcar, portanto problemas nas lavouras do País refletem na oferta global da commodity e, por isso, têm forte efeito nos futuros do açúcar.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) informou que a safra 2021/2022 de cana-de-açúcar começou em ritmo mais lento do que a anterior no Brasil. O Centro-Sul processou 15,628 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na primeira quinzena da safra, 30,57% a menos do que no mesmo período do ano anterior. Com isso, a fabricação de açúcar alcançou 624 mil toneladas entre 1º e 15 de abril, 35,75% a menos do que um ano antes.

A produção total de etanol caiu 25,92%, para 731 milhões de litros. Os sinais macroeconômicos também contribuíram para a alta das cotações, como o avanço do petróleo e a desvalorização do dólar ante o Real. O desempenho positivo do combustível melhora a competitividade relativa do etanol, podendo influenciar em uma safra menos açucareira no Brasil. O enfraquecimento do dólar costuma desestimular as exportações brasileiras, o que pode levar a um aperto momentâneo na oferta global.